MENSAGEM DIÁRIA DE SÃO JOSÉ, TRANSMITIDA NO CENTRO MARIANO DE FIGUEIRA, MINAS GERAIS, BRASIL, À VIDENTE IRMàLUCÍA DE JESÚS

Quando a alma está diante da própria escuridão, seus olhos nada podem ver. Não há claridade que lhe seja compreensível. A escuridão da alma leva à escuridão dos sentidos, dos pensamentos, do coração.

Não lhes falo da escuridão espiritual que antecede o encontro com Deus. Falo da escuridão destes tempos, na qual a alma ingressa quando se submerge nos abismos da própria consciência. Como essa escuridão provém de si mesma, não há luz que a faça ver ou Graça que a retire das trevas. É a alma mesma que deve voltar os olhos para o alto e descobrir, além de si mesma, a luz que a ampara.  

Muitas vezes a alma transita pelos próprios abismos sem perceber, mas quando essa alma já havia conhecido e experimentado a presença da luz, muito lhe custará enfrentar com valentia a escuridão e, inclusive, aceitar que tamanho breu provém de si mesma.

Para a alma que entra em seus abismos depois de ter definido sua adesão à luz, é chegada a hora de dar mais um passo e deixar que a luz – que antes iluminava e fazia reluzir tudo o que era superficial e visível – agora possa chegar aos escuros abismos e tornar luminoso aquilo que os olhos não querem ver.

Depois de trazer à luz o que antes estava na escuridão, caberá a cada alma amar seus cavernosos aspectos, assim como uma vez amou as suas virtudes e destrezas porque, da mesma forma como tudo o que já era positivo na alma diante da presença da luz se transformou, consolidou-se e se enobreceu, também os aspectos escuros devem receber em si parte deste fluido curador que provém da fonte do Amor-Sabedoria, para se transformar.

Para amar, vocês haverão de ser valentes. Aprendam nestes tempos a amar como um coração materno que, apesar de ver as misérias mais profundas e inexplicáveis em seus filhos, nunca deixa de amá-los. A mãe ama, não para que o filho siga sendo miserável; ela ama, porque sabe que para o seu filho ser digno e encontrar a verdade, ele necessita ser amado, sobretudo por ela.

Quando a consciência está se transformando, a alma desperta deve agir como uma mãe porque, para que seus aspectos não gerem resistências e se deixem moldar e corrigir, eles necessitam não apenas de serenidade, mas, sobretudo, do amor da própria alma.

Quando é a alma que está imersa na escuridão, ela necessita do amor do próximo, silencioso e paciente, como uma mãe quando vê o seu filho enredado em si mesmo e cego.

Sintam no coração o que lhes digo e tenham isso presente. Se hoje vocês não compreendem o que lhes falo, compreenderão amanhã.

Seu pai e amigo,

São José Castíssimo