Quando Jesus esteve na Cruz e disse: “Pai, por que Me abandonaste?”, foi a Sua humanidade que proclamou essas palavras; foram as Suas Células, sustentadas até ali pelo Poder Divino, que, no profundo, temiam a hora de se verem sozinhas com sua dor e seu padecimento.
Depois dessa pergunta de Seu coração humano, Jesus reconheceu em todos os espaços de Sua Consciência, desde a matéria até o espírito, Sua filiação e unidade com Deus. Compreendeu, em Seu íntimo, a essência do amor e do projeto humano e experimentou a plenitude de ser semelhante ao Pai.
O medo de Suas Células desvaneceu-se pela potência do amor e do perdão que d’Ele emanava. Jesus compreendeu a Vontade de Seu Pai e porque Ele O abandonara naquela hora que parecia ser a mais difícil, se sempre O havia acompanhado. Descobriu que o Pai queria fazê-Lo sentir e viver o amor que tinha em Seu interior e que O tornava semelhante a Deus e O unia a Ele; e que, na verdade, o Criador não O havia abandonado. Ele O fez descobrir que o Pai estava n’Ele, assim como Ele no Pai, por meio do amor, do perdão e da misericórdia que, naquele momento, eram vertidos sobre a Terra.
A Virgem Maria e João compreenderam a Vontade de Deus quando viram Jesus na Cruz pedindo perdão para os que O crucificaram e aprenderam com Cristo esse amor insondável, que une a matéria ao espírito, que diviniza o homem.
Foi assim que a Virgem Maria e João também viveram esta profunda união com Deus, pelo simples fato de observarem Cristo. Essa união foi vivida mais tarde pelos apóstolos e discípulos de Jesus e de Maria, por intermédio da Graça do Espírito Santo e, dessa forma, todos venceram o medo da morte e da solidão; todos preencheram seus espíritos com a coragem que nascia da certeza de que Deus estava neles, porque eles eram parte viva da Consciência Divina.
Foi por essa certeza e por essa coragem que a Igreja de Cristo se consolidou na Terra. Mas, ao longo dos séculos, nem todos os homens compreenderam a Paixão de Jesus e meditaram em Seu exemplo a ponto de se deixarem divinizar por Ele; nem to-dos encontraram a certeza da semelhança com Deus; nem todos buscaram a fortaleza no Deus vivo do próprio interior.
Filhos, hoje o Criador lhes fala e os instrui por intermédio de Seus Mensageiros. O Senhor Altíssimo acompanha cada um de seus passos e renova a história, despertando Novos Cristos. Mas, assim como Ele “abandonou” Jesus na Cruz, também chegará para cada um de vocês o momento de descobrir, em solidão, a união com Deus. E, por um instante, poderá parecer-lhes injusto, doloroso ou incompreensível que o Criador os abandone quando mais necessitem d’Ele. Porém, se vencerem o medo humano e buscarem no espírito a união com Deus, compreenderão que o Pai, que sempre buscavam nas Alturas, está vivo dentro de cada ser, em sua essência, em seu universo interior.
Quando chegar a hora da prova da humanidade, recordem-se do que lhes disse e não temam, mas, sim, amem e vivam o perdão, como Aquele que amou e perdoou antes de vocês, deixando-lhes o exemplo.
Seu pai e amigo, Este que prepara os seus caminhos para a divina união,
São José Castíssimo
A fortaleza dos que manterão os outros de pé nos tempos que virão será a oração profunda, que leva o coração a estar na Presença de Deus e a permanecer nela. Será como estar no mundo sem se deixar envolver por tudo o que acontece ao redor, vendo apenas a verdade e a finalidade real de todas as coisas.
Aqueles que constroem dentro de si a união com Deus Pai e permitem que seja Ele a pensar e a sentir dentro de seus seres, assim como o apóstolo João, serão capazes de acompanhar a transição, tal como João acompanhou a Paixão de Cristo.
João aprendeu a contemplar a verdade e, pela confiança absoluta que alcançou em Jesus, via em cada um de Seus Passos com a Cruz a manifestação de Suas Palavras e de Seus Ensinamentos. Assim como João via cumprir-se o que Jesus havia dito na última ceia, ele também se lembrava de que Jesus ressurgiria. Lembrava-se ainda das instruções ocultas que Jesus havia entregue aos Seus e que revelavam o verdadeiro sentido do sacrifício realizado por amor. João sabia que veria os portais da Divina Misericórdia se abrirem diante de seus olhos.
Hoje quero chamá-los a construir com Deus e com Cristo a mesma união de João com Jesus e que, assim, possam ver nos acontecimentos vindouros o cumprimento das instruções entregues nestes últimos anos.
Saibam contemplar não o sofrimento e a dor, mas, sim, a finalidade de tudo o que viverão. Participem deste parto planetário não com atenção nas contrações e dores do planeta, mas, sim, no Homem Novo que surgirá dentro de cada ser que aceitar a redenção, para renovar o Projeto de Deus na Terra.
Queridos companheiros, as passagens da vida de Jesus perduraram ao longo dos séculos porque elas se repetem na vida de todos aqueles que seguem a Deus. Estudem o Evangelho de Cristo e encontrem ali as chaves para atravessar os tempos que vivem e chegar à manifestação do ressurgimento do Homem, o renascimento de Cristo dentro de cada ser.
Eu os amo e lhes deixo Minha paz.
São José Castíssimo
Associação Maria
Fundada em dezembro de 2012, a pedido da Virgem Maria, a Associação Maria, Mãe da Divina Concepção é uma associação religiosa, sem vínculos com nenhuma religião instituída, de caráter filosófico-espiritual, ecumênico, humanitário, beneficente, cultural, que ampara todas as atividades indicadas através da Instrução transmitida por Cristo Jesus, pela Virgem Maria e por São José. Ler mais