Relato da Mensagem
Irmã Lucía de Jesús: Quando São José chegou hoje, Ele veio vestido de branco, com uma túnica branca, um manto branco e um cordão dourado, e Ele tinha três Lírios nas mãos, três Lírios grandes.
E, quando Ele começou a transmitir a Mensagem, falou sobre esses Lírios. E, à medida que ia falando, de cada um deles desprendiam-se lírios, e eles ingressavam dentro de nós, dentro do nosso mundo interior. De uma forma muito rápida, tudo isso que Ele falava Ele mostrava enquanto acontecia.
São José falou sobre três ciclos da humanidade, e eu perguntei se nós já estávamos vivendo algum desses ciclos, e Ele disse que não, que tudo que nós vivemos até hoje como humanidade foi um preâmbulo dessa experiência que Ele citou. Então eu perguntei se isso tem a ver com os três anos que Cristo mencionou na última Sagrada Semana, e Ele disse que sim, que tem a ver com esses três ciclos que Ele citou nesta Mensagem.
Trago hoje em Minhas mãos três Lírios brancos como uma oferta ao Pai pelo planeta. Cada um destes Lírios representa um ciclo da humanidade, no qual as almas serão provadas e tentadas, para que desperte em seu interior o potencial oculto do Amor que transcende toda experiência de amor já vivida na Criação.
Em cada um desses ciclos, as almas cruzarão portais de transcendência dentro de si mesmas, portais que as conduzirão à verdade que se guarda no próprio interior.
No Primeiro Ciclo, vocês viverão provas consigo mesmos, silenciosas e ocultas, aparentemente imperceptíveis para aqueles que os veem. E digo aparentemente porque, ainda que sintam a solidão da provação interior, ela será visível, porém incompreensível para os demais, e a própria incompreensão alheia, filhos, será também uma das formas de vocês serem provados.
Para esse ciclo, entrego-lhes o Lírio da Fortaleza Interior, que os fará ir além dos umbrais de imperfeição e misérias para revelar-lhes um nível interno ainda desconhecido, o primeiro degrau da transcendência da condição humana.
No Segundo Ciclo, viverão provas entre vocês, provas que os colocarão diante dos abismos alheios para que eles sejam transcendidos pelo poder da compaixão, da redenção e da misericórdia.
E para isso lhes entrego o Lírio da Humildade. Com este Lírio no coração, vocês poderão olhar para o próximo não com olhos de juiz, mas com olhos de piedade. Foi através desse umbral que o Redentor do Mundo foi capaz de emitir Amor para aqueles que O humilharam em Seu caminho com a Cruz. O Lírio da Humildade lhes trará a valentia necessária para perdoar o que parecerá imperdoável e compreender o que parecerá incompreensível, e, através dele, vocês adentrarão em um nível profundo da consciência humana, no qual aprenderão a viver a verdadeira unidade com o próximo.
O Terceiro Ciclo de provações será planetário e acontecerá entre o homem e a natureza. Ali serão provados na fé, porque suas crenças serão derrubadas pelo aparente caos do mundo. Muitos corações estarão perdidos e entregues à mais profunda obscuridade, mas vocês, filhos, devem perseverar.
E, para isso, entrego-lhes o Lírio da Fé. Esse Lírio emergirá de seu interior quando todas as suas fortalezas parecerem ter ruído, quando o conhecimento parecer não ter sentido e a sabedoria silenciar dentro da consciência. Emergirá, então, o Lírio da Fé, como dom e Graça impressos em seus corações para que possam ir além.
E, através dele, vocês chegarão ao umbral da experiência de Deus. Isso significa a união perfeita com o Criador, quando finalmente poderão encontrar sentido em todas as incoerências da vida e compreenderão que a Cruz, vista de cima, significa Amor, e a transição planetária, vista com os Olhos de Deus, significa superação do Amor.
Para isso devem caminhar.
Têm a Minha bênção.
Seu pai e amigo,
São José Castíssimo
Cada dia mais, filho, busca imitar o vazio e o nada de teu Senhor.
Deixa-te ser instrumento nas Mãos de Deus, e que não te importe ser elevado e aclamado, não te importe o sacrifício e o peso da cruz, a humilhação, a solidão ou o abandono.
Deixa que tua consciência penetre na verdade de cada acontecimento. Enquanto serves, e teu serviço é elevado diante dos olhos dos homens, que teu coração esteja colocado na verdade de que tudo o que fazes é para a manifestação do Plano de Deus na Terra.
E quando o Senhor te pedir para renunciar, ou te entregar provas e humilhações que forjam em teu ser a unidade com Ele e o vazio interior, deixa que tua consciência seja moldada segundo a Sua Vontade.
Sabe que tanto os grandes feitos como as grandes renúncias constroem com a mesma intensidade o Plano de Deus, assim como o teu Senhor, que começou a construir um vínculo com as almas nos montes, em meio a milagres, mas consolidou a Aliança entre os homens e Deus, vazio de si, na Cruz sobre o Calvário.
Aprofunda cada instante em tua entrega e no sentido da verdade de tua fé, para que sempre permaneças nessa verdade.
A situação do planeta colocará em teu caminho muitas provas, incompreensões e desafios, mas teu coração deve estar no Cristo do Calvário, vazio com Ele, transitando a Paixão deste mundo para culminar como cálice pleno de Deus vertido sobre a Terra.
Tens a Minha bênção para isso.
São José Castíssimo
Guarda em teu coração, a cada dia, cada pequena ou grande compreensão, cada chave que o Criador te entrega para que abras portas e recintos mais profundos em teu interior.
Sê como um coração que cultiva todos os impulsos que recebe e constrói, assim, os jardins de tua própria redenção.
Nesses jardins, filho, virão muitas almas, pobres e vazias, para inspirar-se no aroma de tuas flores, para recordar a própria beleza interior, através da beleza e da expressão das flores da redenção cultivadas por ti, com amor.
Sabe, assim, que grande é o serviço daquele que, apesar das dificuldades, permanece aprofundando em seu interior, permanece oferecendo a Deus a própria entrega.
Grande é o serviço dos que caminham mesmo no vazio, dos que buscam a Deus na solidão e que se mantêm de pé, apenas pela certeza de Sua silenciosa e oculta Presença.
Toma em teu coração cada pequeno e grande sinal e abre uma porta mais profunda dentro de ti. Se compreendes algo, medita nisso e ingressa ali, com tudo o que és. Ama desvendar teus próprios mistérios, porque é nessa busca pelo desconhecido e profundo universo que há em ti que um dia conhecerás o verdadeiro habitante de teu coração.
E, como dizem os livros sagrados, a Verdade te fará livre, filho, porque a Verdade é a unidade com Deus, além dos erros, além dos caminhos, além das ilusões. Mas não basta que Eu te diga todas essas coisas. A Verdade te fará livre quando viveres o encontro com ela em teu próprio coração.
Por isso, vai e adentra mais profundo.
Não te canses de buscar, mesmo que seja no escuro. Não te canses de seguir adiante e cultivar as sementes dos impulsos divinos em teu coração. Sê um jardineiro do novo tempo.
Tens a Minha bênção para isso.
São José Castíssimo
Caminhar pelo deserto e ser vencido pelo Poder de Deus não é ser indiferente com a vida ou com o próximo. O deserto os leva a conhecer a Deus para que sejam capazes de encontrar toda criatura e toda vida dentro do Criador.
O deserto é um Encontro.
Depois de cruzar o vazio, a aridez e a solidão, transcendidas as primeiras etapas do deserto, purificado o coração e rendido a Deus, que é sua única e última Fonte de água pura, os corações vivem um Encontro. Em Deus descobrem a verdade, a pureza e a Vida mesma, contendo em si todas as criaturas.
O deserto é um caminho para encontrar o próximo de verdade. Ao conhecerem a si mesmos, despojando-se das aparências, das muletas, das correntes, também vão começar a ver com olhos transparentes. Cruzando o deserto e encontrando a Deus, poderão enxergá-Lo em tudo e em todos, descobrir Seu Amor revelado nas essências dos homens.
Quando um coração vive árido, não é porque está simplesmente cruzando o deserto, é porque pisou o deserto. Mas precisa caminhar nele, deixar-se transformar nele, viver o vazio e também o Encontro.
O deserto é feito de etapas, descobertas, experiências profundas e internas que devem hoje ser compreendidas. Se os seus corações sentem aridez, vazio, tentação, solidão, aprofundem-se no que vivem e cheguem à rendição, à revelação da fé.
Deixem quebrar suas muletas, suas correntes. Deixem pelo caminho os apoios humanos e, inclusive, os espirituais, que se manifestam como virtudes e destrezas, e permitam-se ser nada.
Sigam deserto adentro em um longo caminho que é esvaziar-se.
Sintam-se suspensos no nada e, ao mesmo tempo, muito próximos de tocar a Deus.
É o Encontro do deserto que os fortalece para renovarem o Amor de Deus. Se não há deserto, não há Amor Crístico. Mas não lhes falo apenas de tocar os pés nas areias quentes e sentir sua aridez; falo de saber-se no deserto, aceitá-lo, adentrá-lo, vivê-lo plenamente.
Por isso lhes falo sobre o deserto, não para trazer alento, mas para trazer valentia. Valentia de ser nada.
Têm a Minha bênção para isso.
São José Castíssimo
Quando o teu coração ingressar no deserto, ora, silencia e sente o teu mundo interior.
Compreende que ser chamado ao vazio e à solidão é ser chamado para mais próximo do Coração de Deus, da verdade do que és, longe das ilusões e da confusão humana.
O deserto é um caminho de transição. O povo de Israel cruzou o deserto para cultivar uma nova vida, uma genética pura e simples, mas forjada no sacrifício e na fé.
Teu Senhor cruzou o deserto antes de viver Sua Paixão e ali encontrou a união definitiva com Deus, que não era apenas um diálogo com o Pai, mas a experiência do Pai dentro de Si mesmo.
Cada ser, ao cruzar o deserto interior, vive uma transição para algo novo, verdadeiro e profundo.
Confia que no vazio do deserto algo novo está sendo forjado e construído dentro de ti. Deixa que teu espírito se fortaleça e que tua alma encontre a verdade que necessita descobrir neste ciclo.
Ainda que não vejas, não sintas e não saibas, cruza as diferentes etapas do deserto. Sente o vazio de sua entrada, a confusão de permanecer nele, as provas que chegam, as desolações; mas também sente o despertar da fé, a consolidação da verdade e, por fim, a revelação de Deus em teu interior.
Tens a Minha bênção para isso.
São José Castíssimo
Quando as nações sofrem, escondem seu sofrimento no caos, nas distrações, nas modernidades e nos prazeres, que afastam os sentimentos de dor e solidão que espiritualmente habitam em sua consciência.
Quando uma nação está vazia de Deus apesar de sua aparente religiosidade, a obscuridade se oculta nas aparências e domina os corações que vivem da mentira, do pecado e do engano.
O Criador chega a este lugar, filhos, para conceder uma oportunidade de Misericórdia para as almas que se autocondenaram ao sofrimento eterno. Vem para liberar da mentira aqueles que creem que conhecem a Deus e que, no entanto, vivem de enganar a si mesmos e ao próximo, mas não o Criador de todas as coisas.
Tão infinito é o Amor de seu Pai Celestial que envia Sua Luz aos abismos do planeta e, onde parece que as trevas reinarão para sempre e submeterão as almas às suas ilusões, ali chegam as Mãos Divinas oferecendo o perdão, a redenção e a cura.
Aqueles que souberem abraçar o caminho da oração e repararem suas faltas e pecados por meio do serviço e do despertar gerarão méritos para que muitos outros, que ficaram adormecidos, no último instante de suas vidas recebam o perdão e a Misericórdia.
Viemos até aqui por uma nação que está morrendo espiritualmente pelo peso de suas faltas, pelo grande vazio de seu espírito. Tão grande é o abismo de seus pecados que seu espírito não consegue erguer-se por si só para clamar a Deus.
Por isso, filhos, venho chamá-los a que orem, orem por este povo, por esta nação e por todos os seres que nela necessitam de uma Graça maior para libertar-se das correntes do pecado. Clamem por Misericórdia e por perdão, clamem por redenção.
Se alguns poucos forem capazes de abrir o seu coração para Deus, já será suficiente para que outros não se percam e para que esta nação não deixe de existir, e sim possa recuperar sua filiação com Deus.
Clamem e peçam ao Pai que envie ao mundo o Seu Espírito e a Sua Luz; assim tudo estará cumprido.
Seu Pai e Amigo,
São José Castíssimo
Ora e deixa que tua oração abra as portas do Céu, para que o Criador eleve as almas que se perderam nos mares deste mundo, quando buscavam esperança e consolo para as suas vidas.
Ora pelos que emigraram de seus países em busca de paz e de uma graça e que, no entanto, não encontraram alento, mas solidão, desespero e o sofrimento de se sentirem perdidos nos mares do mundo.
Clama por Misericórdia para que as almas deles sejam aliviadas. Clama por Misericórdia para que as nações se pacifiquem. Clama por Misericórdia para que os corações conheçam a Piedade e se arrependam de seus erros e pecados, redimam seu passado e desenhem seu futuro com atos de paz.
Ora, filho, porque não apenas as almas agonizam; o planeta agoniza e chora com as mesmas lágrimas de sua Mãe Celestial, porque já não suporta o mal que o oprime pelo erro e pela indiferença dos seres.
Ora, porque a Justiça Divina se aproxima do mundo e os que estão cegos já não terão muitas oportunidades de ver a Verdade e a Graça de Deus.
Ora para que teu coração seja preenchido pela Piedade Divina e, assim, torne a tua intercessão cada dia mais sincera e verdadeira diante do Pai.
Ora, porque a Graça de Deus já está sobre ti e deve se expandir por este mundo. Deixa que a Misericórdia do Pai flua em teu clamor pela paz.
Sente a urgência. Sente a dor do mundo. Sente o pesar de Deus e dispõe teu coração para reparar este planeta.
Teu Pai e Amigo,
São José Castíssimo
Depois de tantos impulsos recebidos e do tanto que tiveram que sustentar para que este mundo conheça um pouco de paz e, ainda que sejam poucas, as almas estejam despertas neste tempo, agora, filhos, devem recolher-se no interior do próprio coração e pacificar-se.
O mundo não deixou de sofrer; a humanidade ainda tem muito para caminhar, curar e liberar. Por isso, deixem que seus corpos se recuperem, que sua consciência assimile os impulsos recebidos e meditem nos próximos passos a serem dados.
Depois de viverem com Cristo os passos de Sua Paixão, agora devem reviver o momento no qual os apóstolos viram-se diante da Ascensão de Jesus aos Céus, e da solidão e silêncio que experimentaram, para sintetizar no próprio interior tudo o que viveram com Cristo.
Os impulsos que vocês receberam nos últimos dias assemelham-se aos impulsos recebidos pelos apóstolos nos últimos três anos de vida de Jesus. Muitas foram as Graças, as bênçãos, os Raios e as Leis que atuaram em suas vidas em pouco tempo. Por isso, agora é momento de silêncio, solidão e quietude. Momento de olhar para o Céu e emitir ao Pai a sua resposta, fazendo com que Deus ouça o seu “sim” e, assim, sigam caminhando com a fé que se renova a cada passo, no eco das Graças que receberam.
Que os frutos sejam fecundos em seus corações, porque todas as portas lhes foram abertas; agora basta cruzá-las.
Seu Pai e Amigo,
São José Castíssimo
Quando a alma serve, o corpo se cansa, mas o coração se plenifica no serviço, o espírito vai se revelando e o ser descobre o sentido de sua existência, que está no amor que desperta ao servir.
Servir pode ser ajudar um cansado, consolar aquele que está sem esperança, compreender aquele que não é compreendido, suportar aquele que está em sua purificação.
Servir pode ser oferecer cura a um enfermo ou deixar que o mesmo amor cure o seu coração, alimentar um faminto, vestir o que está nu, visitar o solitário, levar alegria a quem está na escuridão.
Servir pode ser silenciar quando o próximo necessita de quietude, orar quando o próximo necessita de oração, adorar quando o próximo necessita de sustento, pacificar porque o mundo necessita de paz.
Servir é estar neste mundo sendo o que verdadeiramente é ser um ser humano e carregar a cruz deste tempo, que é a transformação da condição humana na renovação do Amor de Deus.
Servir é amar.
Seu Pai e Amigo,
São José Castíssimo
Que o silêncio cada vez mais profundo dos Mensageiros Divinos conduza tua consciência a também silenciar. Assim, aprende a escutar teu mundo interior e, nele, o Espírito de Deus que habita em tua consciência e te guia.
Compreende o silêncio como uma forma de aprofundar a comunicação com o Pai. Compreende o recolhimento como uma forma de amadurecer o que já recebeste e de preparar teu ser para algo maior.
Deixa que este ciclo fale à tua consciência através do deserto, pois todos aqueles que aspiram a aprofundar-se verdadeiramente em sua vida espiritual devem cruzá-lo.
Não tenhas medo do vazio ou da solidão, mas aprende a encontrar ali o silêncio de Deus e, dessa forma, através do Amor do Pai, descobre um diálogo com Deus que até hoje te foi desconhecido.
O Criador fala ao mais interno de Suas criaturas através do silêncio, e apenas no deserto de teu coração e no vazio de tua consciência é que aprenderás a encontrá-lo.
Recebe a benção divina para este ciclo, que com amor o universo inteiro contempla. As criaturas estão vivendo sua maturidade espiritual para então dar um passo desconhecido por toda a vida, por toda a Criação Divina.
Que teu ser se una aos Princípios e Leis universais que regem este momento e que, sobretudo, o silêncio seja tua maior guia.
Teu Pai e Amigo,
São José Castíssimo
Para que haja a unidade no planeta, há de haver unidade nos corações, entre cada ser e Deus e entre os construtores da nova vida, os chamados servidores e consagrados deste tempo.
Não temam. O mundo agoniza e as nações estremecem, as provas do planeta já começaram, mas, se em seus corações habitam a paz e a unidade, nada do que acontecer no mundo os abalará ou destruirá sua fé.
Venho para ajudá-los a colocar os seus olhos e seus corações no alto, no Propósito Divino e no Plano de Deus, que se desenha através de suas vidas.
Não lhes digo que estejam alheios ou ignorantes diante do que acontece e acontecerá no mundo, mas apenas lhes peço que mantenham seus corações em Deus, porque o momento e a hora de carregar a cruz do mundo e a cruz do triunfo do Amor, dentro e fora de vocês, já chegaram.
Assim como seu Senhor, Jesus Cristo, viverão humilhações e solidão, viverão agonias e tristezas, mas, acima de tudo, viverão a unidade com a Mãe de Deus, viverão o amor e a fidelidade dos que acompanharão os seus passos até o fim.
Cresçam e coloquem o propósito de suas vidas no estabelecimento de um Plano Maior. Já não são crianças diante do Pai. Cristo os chama de companheiros; Eu os chamo de amigos, porque isso é o que devem ser neste tempo: fiéis diante da Vontade Maior, destemidos diante das provas e dispostos a carregar com Cristo Sua última cruz, que é a cruz do mundo.
Quando seu Senhor carregou a Cruz no Calvário, abriu as portas de um novo tempo, instituiu para o mundo a Graça e a Misericórdia e concedeu para a humanidade uma nova oportunidade, para que pudessem construir em seu interior um novo homem, uma nova vida.
Muito tempo já passou desde esse acontecimento; muito já aprenderam como seres e como humanidade. Agora é tempo de selar o seu compromisso e abrir as portas para que seu Senhor retorne ao mundo não apenas para trazer a Paz, mas para lhes ensinar a carregar com Ele a cruz dos últimos dias.
Já não fujam desta cruz. Não O deixem sozinho. Sejam fiéis e companheiros, como Ele espera.
Retirem seus corações do sofrimento e os coloquem no estabelecimento do amor. Que tudo seja para vocês uma oportunidade de se superar e de amar mais, assim como seu Senhor superou não apenas a Si mesmo, mas também o Seu Pai, por amor a todos vocês.
Coloquem seus espíritos e corações na meta de amar.
Têm a Minha bênção para isso.
Seu Pai e Amigo,
São José Castíssimo
Entra e mergulha no mais profundo abismo da Misericórdia de teu Senhor.
Deixa-te inundar por um mistério insondável que está além da Graça e, muitas vezes, além da Justiça Divina.
Permite que teu ser descubra o Amor Infinito de Deus que se esconde nas profundidades de Sua Misericórdia e, banhado nesse bálsamo curador, restaura em ti e no mundo as feridas mais dolorosas e as marcas aparentemente inapagáveis da consciência humana.
Onde mais se necessita, ali está o abismo da Misericórdia de Cristo, como uma Fonte inesgotável e uma resposta divina para todo o clamor emitido com o coração.
Vem e dá o teu “sim” em nome da humanidade, para que essa Fonte jorre e transborde sobre o mundo, para curá-lo e restaurá-lo em seu espírito mais íntimo.
Ora e clama em nome da humanidade, pedindo ao Pai que Seu abismo luminoso de Misericórdia se revele ao mundo para que os homens conheçam não apenas o Deus da Justiça, mas também o Deus da Misericórdia.
Descobre que todo pecado tem cura e toda dívida é justificada pelo Sangue e pela Água que, derramados do Corpo de Cristo, fizeram nascer a Fonte da infinita Misericórdia para o mundo.
Diante do arrependimento verdadeiro e da rendição proclamada com o coração, todas as almas podem se tornar dignas de beber da Fonte da Divina Misericórdia.
Por isso, filho, vai e aos Pés de Deus roga por uma oportunidade e arrepende-te de coração.
Se te parecem pequenos os teus pecados ou se não és consciente de tuas dívidas para com Deus, clama assim mesmo; pede ao Pai que substitua o abismo obscuro de tuas misérias pelo abismo profundo e luminoso da Misericórdia Divina e jamais te canses de clamar não apenas por tua salvação, mas pela salvação do mundo inteiro.
A Misericórdia é a resposta para as almas que perderam a esperança e, se elas estão ignorantes diante dessa Graça, clama tu por elas, para que recebam uma oportunidade de elevar os olhos para Deus e perceber que Ele sempre esteve ali com Seus Braços abertos, fazendo jorrar de Seu Peito um caudal eterno de Misericórdia, que muitos não souberam ver.
Permite que teu coração conheça a Fonte Divina da Misericórdia e deixa que tua alma desperte a devoção, o amor e a fé que a fazem portadora dessa Misericórdia para o mundo.
Ama conhecer a Misericórdia Divina; ama ser um intercessor entre Deus e as almas perdidas que não conhecem e não buscam a Sua Misericórdia.
Apenas pensa que enquanto tentas, enquanto tantas almas estão perdidas, a Fonte da Misericórdia transborda pelo mundo como um rio que passa diante de alguém sedento e ele não consegue ver. E tu, filho, podes ser o dedo que aponta para as águas e, através de tuas sinceras orações, nos níveis do espírito, consigas méritos para que os que mais necessitam alcancem Misericórdia.
Compreende este mistério e, diante de um mundo cheio de pecados e de perdição, ama ser portador da Divina Misericórdia e, ainda que seja em solidão com Deus ou em tuas mais silenciosas ações, clama por Misericórdia e sê Misericórdia para o mundo.
Os Mensageiros Divinos chegam à Polônia não apenas para curar feridas profundas de uma nação sofrida, mas, sobretudo, para renovar o compromisso da humanidade com a Divina Misericórdia e para ensinar as almas a serem instrumentos da Divina Misericórdia para o mundo.
Abraça com o coração esta Missão que Deus te entrega e, onde quer que estejas, sê portador da Misericórdia de Cristo.
Teu Pai e Amigo,
São José Castíssimo
Filho, deixa que em teu coração se mostre o Coração de Deus, para que saibas que não és apenas essa pequenez humana na qual te enredas todos os dias sem saberes como sair.
Deixa que se mostre em teu coração o Coração Vivo de Deus, não apenas para que vivas uma experiência espiritual, mas por uma necessidade emergente que precisas suprir para conseguires estar sobre a Terra.
O que temes purificar, se para isso foste chamado a este mundo? Por que temes reconhecer a verdade sobre ti mesmo, se para este momento viveste toda a tua evolução sobre a Terra?
Vieste ao mundo para curar o teu espírito, crescer e ser um milagre de conversão não apenas nos conceitos da Terra, mas para todo o Universo.
Já sabes que o Infinito te aguarda. Já sabes que deves tornar-te algo novo e desconhecido. Por que, então, não te rendes ao que Deus tem para ti?
Pequeno filho Meu, alma em redenção, deixa que se cumpra em ti como Deus pensou. E seja na humilhação ou no engrandecimento, seja na solidão ou entre multidões, abraça o que Ele desenhou para a tua vida, porque tudo é para que Sua Vontade se cumpra.
Seja entre os homens ou sozinho contigo mesmo, deixa que emerja de teu coração o Coração de Deus que habita em ti. Faz o exercício e vive a Graça de sentires a Presença de Deus em teu interior, porque Ele é Quem te dará forças para estares entre multidões ou na provação no Getsêmani. Ele é Quem te dará humildade para tu seres aclamado e honrado e para carregares a cruz com o mesmo amor e o mesmo vazio interior.
É Deus, filho, em teu coração, Quem viverá cada prova, assim como cada triunfo. Ele é Quem renovará a Si mesmo por intermédio de teu coração. Mas se tu não crês e não vives isso, estarás sozinho neste mundo, com tua condição humana, sem saberes para onde ir, ainda que o caminho se revele em teu próprio interior.
Não queiras estar só contigo, mas sim com Deus. Não queiras ser tu mesmo, mas sim uma expressão do Pai.
Cristo, filho, alcançou tudo o que alcançou porque Ele era Um com o Pai e o sabia, o vivia e o proclamava. Ele experimentou ser parte viva de Deus e te disse que esse era o Caminho, a Verdade e a Vida. Não há Caminho, Verdade e Vida fora de Deus.
Não estejas tu morto, caminhando por este mundo sem saberes para onde ir. Nasce para a Vida, deixa que Deus, que é a própria Vida, se expresse em ti. Dá ao Pai o lugar que Lhe corresponde em teu coração. Sê tu um simples servo, instrumento Seu neste mundo.
Eu te abençoo e te convido a render o coração a Deus.
Teu Pai e Amigo,
São José Castíssimo
No mais profundo da noite, o dia se anuncia. Ainda quando tudo está escuro, o canto dos pássaros anuncia a chegada do sol, da brisa matinal e os chama a despertar. A noite traz consigo solidão, nostalgia, às vezes silêncio, às vezes ruídos…
Assim será, filhos, na noite escura do planeta. Ela trará consigo o sentimento de solidão, muitas vezes o desassossego – fruto do coração que não aprendeu a silenciar. Trará consigo a nostalgia de uma vida de ilusões, que já não encontrarão no mundo, e os convidará a caminhar no escuro para um tempo que lhes é completamente desconhecido.
No ápice dessa noite, quando aqueles que estiverem despertos sentirem que ela não terá fim, quando os que estiverem adormecidos ingressarem profundamente em sua ilusão, escutarão os sons que vêm do Céu. Como pássaros nos últimos instantes da madrugada, cantarão os anjos e soarão suas trombetas. O Sol retornará ao mundo.
Sua Luz trará alento aos que esperavam em vigília; porém, cegará os que dormiam em ilusão. Muitos não compreenderão imediatamente o que acontecerá no mundo, porque, para esses, a noite será comum e o extraordinário jamais acontecerá; eles não perceberão que o tempo parará e já não se contará com os relógios do mundo; seus corações, vazios de Deus, pulsarão em um velho tempo.
Os que esperarem a chegada do Sol despertos, com as contas passando entre os seus dedos, para recordar-lhes a paz, enfim respirarão o alento de um novo dia e reconhecerão o fim do velho tempo.
Muitos esperarão estrondos, catástrofes mundiais e um brusco fim para a humanidade, e estes se acostumarão a viver no caos e não perceberão que os tempos se unem e o velho deixa o seu lugar para o novo tempo.
A noite escura já está sobre o planeta. Ela é longa, lenta e seu tempo não se mede com o relógio que passeia nos pulsos dos homens. Por isso, filhos, é hora de vigiar e orar incansavelmente.
O Sol chegará e não será o mesmo sol que ilumina os dias da Terra; será um novo e resplandecente Sol, renovado por Sua Majestade Celestial.
A noite espiritual se sentirá escura e profunda, à medida que avançar. Sintam o seu silêncio e mantenham a paz; escutem o seu ruído e mantenham a paz; vivam a nostalgia humana que sentirão os seus corações e mantenham a paz. Deixem-se purificar pelas provas de uma noite espiritual que está sobre todos, mas mantenham a paz e a certeza de que, em vigília, esperam a chegada do Sol.
Aquele que simplesmente prepara os seus corações para o novo tempo,
São José Castíssimo
Quando Jesus esteve na Cruz e disse: “Pai, por que Me abandonaste?”, foi a Sua humanidade que proclamou essas palavras; foram as Suas Células, sustentadas até ali pelo Poder Divino, que, no profundo, temiam a hora de se verem sozinhas com sua dor e seu padecimento.
Depois dessa pergunta de Seu coração humano, Jesus reconheceu em todos os espaços de Sua Consciência, desde a matéria até o espírito, Sua filiação e unidade com Deus. Compreendeu, em Seu íntimo, a essência do amor e do projeto humano e experimentou a plenitude de ser semelhante ao Pai.
O medo de Suas Células desvaneceu-se pela potência do amor e do perdão que d’Ele emanava. Jesus compreendeu a Vontade de Seu Pai e porque Ele O abandonara naquela hora que parecia ser a mais difícil, se sempre O havia acompanhado. Descobriu que o Pai queria fazê-Lo sentir e viver o amor que tinha em Seu interior e que O tornava semelhante a Deus e O unia a Ele; e que, na verdade, o Criador não O havia abandonado. Ele O fez descobrir que o Pai estava n’Ele, assim como Ele no Pai, por meio do amor, do perdão e da misericórdia que, naquele momento, eram vertidos sobre a Terra.
A Virgem Maria e João compreenderam a Vontade de Deus quando viram Jesus na Cruz pedindo perdão para os que O crucificaram e aprenderam com Cristo esse amor insondável, que une a matéria ao espírito, que diviniza o homem.
Foi assim que a Virgem Maria e João também viveram esta profunda união com Deus, pelo simples fato de observarem Cristo. Essa união foi vivida mais tarde pelos apóstolos e discípulos de Jesus e de Maria, por intermédio da Graça do Espírito Santo e, dessa forma, todos venceram o medo da morte e da solidão; todos preencheram seus espíritos com a coragem que nascia da certeza de que Deus estava neles, porque eles eram parte viva da Consciência Divina.
Foi por essa certeza e por essa coragem que a Igreja de Cristo se consolidou na Terra. Mas, ao longo dos séculos, nem todos os homens compreenderam a Paixão de Jesus e meditaram em Seu exemplo a ponto de se deixarem divinizar por Ele; nem to-dos encontraram a certeza da semelhança com Deus; nem todos buscaram a fortaleza no Deus vivo do próprio interior.
Filhos, hoje o Criador lhes fala e os instrui por intermédio de Seus Mensageiros. O Senhor Altíssimo acompanha cada um de seus passos e renova a história, despertando Novos Cristos. Mas, assim como Ele “abandonou” Jesus na Cruz, também chegará para cada um de vocês o momento de descobrir, em solidão, a união com Deus. E, por um instante, poderá parecer-lhes injusto, doloroso ou incompreensível que o Criador os abandone quando mais necessitem d’Ele. Porém, se vencerem o medo humano e buscarem no espírito a união com Deus, compreenderão que o Pai, que sempre buscavam nas Alturas, está vivo dentro de cada ser, em sua essência, em seu universo interior.
Quando chegar a hora da prova da humanidade, recordem-se do que lhes disse e não temam, mas, sim, amem e vivam o perdão, como Aquele que amou e perdoou antes de vocês, deixando-lhes o exemplo.
Seu pai e amigo, Este que prepara os seus caminhos para a divina união,
São José Castíssimo
Filho,
Nem sempre Deus te falará ao ouvido e ao coração, porque chegará o momento em que Sua Voz se tornará silêncio e vida dentro de ti.
Não escutarás mais do Senhor as Suas Palavras como escutas agora, e isso ditará o momento de ser uno com o Pai e de que Sua Voz não Se pronuncie de fora para dentro, senão de dentro de ti para o mundo inteiro.
Quando o Criador silenciar e apenas observar o mundo, será a hora de que as vozes de Suas criaturas ressoem. Será o momento de viver a unidade com Deus, para que do próprio homem surja a guiança para a humanidade.
A última prova do coração humano será a solidão absoluta, solidão na qual se encontrará espiritualmente como raça e como consciência. Será a solidão da humanidade consigo mesma. E nesse momento, filho, caberá apenas ao coração humano encontrar a saída para a vivência do amor e da verdade.
Aqueles que construíram a unidade com o Pai não titubearão nem temerão, porque o seu pensamento, sentimento e a sua ação serão unos com o Pensamento, o Sentimento e a Ação de Deus. E os que não conheceram o Criador e jamais O buscaram viverão a prova de confiar em seus irmãos para não se perderem.
Os que se diziam seguros de si mesmos estarão diante de um abismo e desejarão voltar atrás, sem ter para onde ir. Os corajosos e que confiam em Deus, e não em si mesmos, sem temor se lançarão e ingressarão nos portais que conduzem ao novo tempo, ao tempo real.
Filho, entre símbolos e literalidades faço-te conhecer uma parte da verdade. A única certeza que podes ter, diante de Minhas palavras, é a de que aquele que constrói agora a unidade com o Pai em seu espírito não se perderá senão de si mesmo.
Por isso, antes de quereres compreender exatamente o que te digo, busca a essência de Meu ensinamento e une-te sem demora ao Criador para que, quando for a tua hora de experimentar a solidão, Deus esteja contigo, porque Ele estará em ti.
Teu pai e amigo,
São José Castíssimo
Contempla hoje o mistério da morte de Cristo e a solidão sentida por todos os Seus apóstolos e discípulos, por todos os Seus seguidores, já que muito poucos foram capazes de compreender a grandeza de Sua Crucificação.
Contempla, no teu coração, o recolhimento de Cristo, Seu silêncio e a incerteza que esse silêncio causava dentro dos Seus.
Os que O esperavam estavam diante de uma prova de fé: estavam sintetizando, no próprio interior, tudo o que haviam recebido e tudo o que haviam aprendido, para colocar em prática em auxílio aos demais.
Este sábado santo se assemelhará à prova que viverá a humanidade nos tempos futuros. Pois, agora, vocês ainda estão na presença de Cristo, de Maria Santíssima e de Meu Casto Coração; agora, vocês ainda contam com a instrução e a guia dAqueles que foram enviados pelo Senhor para que, na matéria, O representassem e conduzissem o Seu rebanho ao Seu encontro. Mas chegará o tempo em que caberá a cada um confirmar-se e afirmar a própria fé. Caberá a cada um repartir o pão e ser a ponte com Deus para os que estão vazios de espírito. Caberá a cada apóstolo e a cada discípulo de Cristo anunciar o amanhecer que chegará depois dos dias escuros e, assim, manter de pé e com fé no coração aqueles que devem perseverar até o final, porque se comprometeram com Cristo.
Contempla, a fé das santas mulheres de Jerusalém e como elas venceram a dor que sentiam para viver o puro amor que o Senhor lhes havia ensinado. Contempla a devoção dessas santas devotas de Cristo, que não só perseveraram no calvário, mas que também ungiram o Corpo de Cristo, O viram ressuscitado, viajaram pelos continentes anunciando a Sua Vitória e, ao longo dos séculos, retornam ao mundo, ainda como santas mulheres, para perpetuar a Obra do Salvador.
Retira tua força dos mistérios do calvário, da vitória sobre a morte, da fé nos dias de escuridão e da glória da ressurreição.
Revive a história de teu Senhor e multiplica a Sua Graça e bondade, sendo tu mesmo a palavra viva de Cristo e o cumprimento de Suas promessas.
Faz coisas maiores do que Ele fez e cumpre, assim, com Suas palavras, assim como Ele manifestou as Escrituras.
Renova a Igreja de Cristo, que não está guardada em uma religião, mas que está no coração de todo aquele que tem fé e disposição de seguir os passos do Senhor.
Aquele que te guia ao Salvador,
São José Castíssimo
Fortalece a verdade em teu interior e sê verdadeiro, não somente quando estás sozinho e sabes que não podes te esconder de Deus em tua solidão.
Consolida tuas aspirações mais puras e mantém-te nessa pureza o máximo que puderes.
Recorda a grandeza do Plano de Deus; recorda também o sofrimento do mundo e oferece tua transformação, pensando como deveria ser o mundo e observando em que ele se tornou. Tanto na grandeza do Plano do Senhor quanto na abissal situação planetária, deves encontrar os impulsos para não ser o que és e caminhar para o que deves ser.
Busca um maior contato com Deus na solidão do coração e fortalece ali a pureza de teu interior. Quanto mais momentos de união com Deus tiveres em teu dia, mais facilmente te manterás no propósito e resistirás às tentações que se apresentam diante de ti.
Todavia, se eleges estar diante de todas as situações que já sabes que não podes superar, antes de escolher estar em solidão com Deus e ser verdadeiro diante d’Ele, jamais poderás sair da permanente batalha contra ti mesmo. E não será necessário que o inimigo se aproxime de ti, porque tu corres sozinho para os abismos de tua própria consciência.
Filho, já sabes que estás te purificando ao retirar o lodo de teu interior; já sabes que, muito intensamente, as tentações e os desejos mundanos que ainda tens dentro de ti te chamam à queda. Por isso, não coloques tua consciência em provas desnecessárias, quando o caminho da paz se mostra aos teus olhos.
Antes de correr para as situações que te comprometem, dá um passo para trás e encaminha-te à solidão com Deus. Ainda que seja por um instante, confessa-te com Ele e renova tua aspiração de estar na pureza de tuas intenções.
Fortalece o puro que há dentro de ti e deixa que o impuro perca sua força e pereça pelo desinteresse de tua consciência em relação às impurezas, porque aquilo que hoje estás purificando se alimenta de ti mesmo e apenas permanece em teu interior quando é retido por tuas próprias mãos.
Escuta, então, o que te digo e não segura as imperfeições e vaidades, contemplando-as diante de ti; solta-as e volta teus olhos à pureza. Deixa que teu interior se purifique pela intensidade da luz da verdade de tua essência, que se deve expandir a cada dia.
Se compreendeste o que Eu te disse, então vive-o prontamente.
Teu pai, guia e companheiro de sempre, São José Castíssimo
Venho nesta tarde revelar-lhes uma verdade suprema de Meu Coração: um dos pilares para a consagração do espírito é o amor à solidão; solidão que encontra o Coração do Pai Eterno e, dentro d’Ele, toda a Criação.
A consagração da vida requer que os seres abandonem todas as expectativas em relação ao próximo e em relação a si mesmos; que não queiram conquistar coisa alguma para demonstrar o seu avanço, mesmo que seja um atributo espiritual.
Enquanto estiverem presos à necessidade de mostrar resultados em suas transformações, estancarão no mesmo ponto e, às vezes, encontrarão as mesmas misérias de sempre. A transformação definitiva parte da consagração verdadeira a Deus, e consagrar-se a Deus é entregar a Ele tudo o que se é. Ainda que não obtenham resultado algum ou não alcancem meta alguma, não importará onde chegarão, porque isso que vocês são somente pertence a Deus e a mais ninguém.
Quando falo de solidão, falo do desapego das companhias em seus caminhos. Não quero dizer com isso que, a partir de agora, devem estar fisicamente sozinhos; quero dizer-lhes apenas que deverão dar os próprios passos, mesmo que sejam os únicos no mundo inteiro assumindo um caminho de transformação. E ainda que todos à sua volta não reconheçam esse caminho e não se esforcem em nada para trilhá-lo, devem fazê-lo assim mesmo.
A consagração deve ser entre a própria alma, o próprio espírito, e Deus. Nenhuma interferência da vida sobre a Terra deverá afastá-los da possibilidade de se lançarem no abismo da entrega ao Criador.
Um dos motivos, Meus queridos, pelos quais a humanidade não alcança os Princípios Celestiais é a impossibilidade da maioria dos seres de se desapegar de tudo o que os outros esperam deles, ou também, de caminhar sem depender dos passos alheios, de incentivos externos dos que os acompanham.
Como veem, esse caminho é duro e árido, mas a fonte que se encontra ao cruzar este deserto é eterna e, se um ser for capaz de chegar até ela, poderá saciar a sede de toda a humanidade.
Saibam que, mesmo sendo esse caminho permeado pelo espírito da solidão e da entrega, vocês o farão por todos aqueles que não se animaram a caminhar. Os méritos gerados por um de vocês resultarão na salvação de muitas almas.
Por isso, novamente lhes digo: consagrem-se ao Criador todos os dias e vivam para Ele e não para alguém, tampouco para si mesmos. Assim, abandonarão a necessidade de realizar feitos que não constroem o Projeto de Deus, pela insegurança e pelo medo de não serem aceitos pelos demais.
O Senhor espera que limpem o chão em que pisam, que retirem as folhas secas e vejam na terra a marca de Seus Pés. Sigam Suas Pegadas. Não houve ninguém mais solitário nem desapegado de Si e do mundo do que o Filho de Deus, seu exemplo e sua salvação eterna.
Sob o Amor de Cristo, Eu os abençoo.
Escute em seu coração a história que vou lhe contar. Deixe que Minhas palavras fluam como água pura do rio de sua mente e que os mistérios de Minha vida corram dentro desta água com a mesma harmonia. Confie no compromisso que seu coração tem Comigo, porque muito pouco é o que o mundo sabe sobre esta história e muito pouco continuará a saber, até que ingresse no Reino dos Céus.
Nasci de uma gestação de infinita pureza, preparada pelos anjos, como se criassem uma flor, quando era Minha alma que crescia no ventre de Minha santa mãe. Chamo-a santa, porque sobre ela desceu o Espírito Santo e, através dos sonhos, foi preparada pelos anjos para compreender a maternidade que viveria, de uma criança pouco comum para a época.
Minha mãe cantava-Me ao coração, orava e preparava sua gestação com profundo amor; amor que Deus lhe infundia, para inspirar a Sua criação, que seria a semente do que viria a ser José, o chamado filho de David.
Nasci e cresci acompanhado dos anjos. Minha santa mãe, ornada pelo Espírito Santo, foi quem primeiro Me ensinou a realizar as primeiras obras de caridade. Ensinou-Me que, para o próximo, deveria ser ofertado sempre o melhor e, quem assim procedesse, dando ao próximo o que de melhor possuísse, receberia de Deus o que Ele mesmo tinha de melhor no Reino dos Céus.
Desta forma, fui compreendendo as Leis de Deus, que eram muito diferentes das leis da Terra e, quanto mais Minha consciência infantil mergulhava neste Reino, mais Me via fora de todas as leis do mundo, sobretudo das leis da matéria, as que prendem o homem e o fazem refém das energias capitais.
Dotado de profunda união com Deus, o Senhor não permitiu jamais que as leis da Terra atuassem sobre Minha consciência juvenil.
Aprendi do trabalho e da solidão, do silêncio, da oração e do jejum e, nestes hábitos diários, cresci. De família simples e pobre, assim foi se refletindo a vida em Minha alma; cresci simples e pobre das coisas do mundo.
A solidão ensinou-Me a humildade, pois na solidão aprofundava-Me nos mistérios da Fé e na ciência do Reino de Deus, o que Me fazia compreender dia a dia, quão pequeno era, diante da Grandeza de Deus Altíssimo.
É verdade que fiz voto de castidade aos 12 anos. Em verdade, a castidade e a pureza Me foram infundidas por Vontade Divina e eram virtudes naturais de Meu pequeno ser. Quando aos 12 anos compreendi parte da Vontade de Deus para Minha pequena consciência, confirmei-Me nesta Vontade e ofereci o voto de castidade perpétua.
Não apenas este voto fiz diante de Deus, mas também Lhe prometi ser eternamente serviçal, em todas as coisas, enquanto vivesse e ainda na Eternidade. Seria Seu fiel servo e obreiro, servindo eternamente à Sua Santidade e a todos os Seus filhos, aqueles mais necessitados.
Quando Me casei com Maria, encontrei Nela também a perfeita caridade, da qual fomos exemplo como família e como pessoas.
Todo trabalho realizado por Minhas mãos era ofertado aos pobres – os mais pobres que nós – e como havia aprendido de Deus, quando dava aos que necessitavam, por Obra e Graça do Espírito Santo, recebíamos em nossa mesa tudo quanto necessitávamos nós para subsistir.
Maria era exemplo de caridade também espiritual. Formava no Amor a Deus todos quantos necessitavam, desde as anciãs às mais jovens, estando sempre rodeada de mulheres de Nazaré e de Jerusalém.
Em Meu trabalho de carpinteiro, exercia o ofício sempre unido à Vontade do Senhor e isto permitia que os instrumentos confeccionados fossem dotados do Espírito Santo. Muitos milagres aconteceram, dentro e fora de Meu conhecimento; milagres sobre os quais, pedia perpétuo silêncio aos que os recebiam e atribuição total à Graça Divina e à Sua Santa Vontade e Obra.
Em Minha carpintaria, formava os jovens e as crianças de Nazaré, dentre os quais o Menino Jesus, que mais Me ensinava do que aprendia. Com Sua presença, os milagres, realizados através dos objetos que confeccionávamos, começaram a crescer.
Como nossas confecções eram feitas para gente muito pobre, mas de muita fé, não lhes custava acreditar nas Obras do Espírito Santo e, embora profundamente agradecidos àquela família tão misteriosa de Nazaré, vendo tão grande humildade e pureza, não hesitavam em atribuir estas santas obras a Deus.
A vida de José foi uma vida sobretudo de silêncio, de trabalho e de oração. Diz o Senhor que este é o Arquétipo da vida consagrada; uma vida que existiu há tantos anos e que para muitos pode ser considerada como ultrapassada, mas que veio revelar ao mundo o Arquétipo das famílias sobre a Terra.
José e Maria se completavam nas virtudes e na devoção, no Amor a Deus e nos cuidados com Jesus. Jesus aprendeu, em Sua infância, das virtudes de Seus pais e sobressaiu em todas, crescendo nelas e ensinando aos Seus humilíssimos pais a viver sob a Lei de Deus.
A Sagrada Família era o complemento de perfeita santidade, Obra puríssima do Criador, vista desde os mínimos detalhes e preparada não apenas em José e Maria, mas em todas as últimas 14 gerações de ambos os pais de Jesus.
Estas gerações foram crescendo em santidade e pureza, para ofertar aos dois santos a santidade mais pura que pudesse existir sobre a Terra e, desta união perfeita poderia nascer, protegido do mundo e amparado pelo Espírito Santo, o Filho dileto de Deus, Seu primogênito, Jesus Cristo.
Os escritos que há na Mística Cidade de Deus se complementam com o que consta do Evangelho.
Tudo deve ser lido e estudado com o coração, para que através dele seja transmitido.
Que nasça primeiro em seu coração esta devoção, que depois percorrerá o mundo.
Seu amado Irmão e Instrutor, São José Castíssimo
Associação Maria
Fundada em dezembro de 2012, a pedido da Virgem Maria, a Associação Maria, Mãe da Divina Concepção é uma associação religiosa, sem vínculos com nenhuma religião instituída, de caráter filosófico-espiritual, ecumênico, humanitário, beneficente, cultural, que ampara todas as atividades indicadas através da Instrução transmitida por Cristo Jesus, pela Virgem Maria e por São José. Ler mais