Uma alma que aspirava a poder um dia viver a unidade com todos os seres e com Deus buscava em cada religião pontos que pudessem unir, no amor e no respeito, cada uma delas. E um dia, em oração, questionou o Senhor, dizendo-Lhe: “Senhor, Tu és o mesmo Deus para todas as religiões verdadeiras. És o mesmo que inspira os corações e as almas pelo caminho de retorno ao Teu Espírito de Amor. Diz-me, então, o que há em cada religião que nos une, que nos faz, a todos, Teus filhos”?
E o Senhor, com amor, respondeu-lhe: “O que faz, alma pequena, com que sejam Meus filhos não são as religiões, mas a própria vida. O fato de existirem na vasta Criação faz de cada ser um filho de Deus, amado e predileto, criado por um propósito e com uma missão.
As religiões são impulsos que dei à humanidade, de tempos em tempos, para que as almas recordassem o caminho para a sua evolução, mas não apenas através delas enviei esses impulsos ao mundo; Eu o fiz também através da natureza, do silêncio, do serviço e, muitas vezes, através do sofrimento, porque alguns de Meus filhos escolheram esse caminho para despertar e perceber que não estavam compreendendo a vida da forma correta e que estavam perdendo o verdadeiro sentido de sua existência.
Através das religiões, enviei ao mundo impulsos que, à medida que os seres humanos cresciam e evoluíam mental, emocional e animicamente, puderam ser mais amplos, mais claros, mais diretos.
Através de Krishna, conduzi-os ao despertar de um grau de amor simples, amor pela vida, pelos elementos, pelas energias.
Conduzi-os a uma percepção mais ampla da existência e comecei a criar um caminho de retorno ao Meu Coração. Porém, cada ser compreendeu a religião de uma forma diferente e a manifestou segundo as suas possibilidades, que muitas vezes não foram puras como os Meus impulsos.
Através de Buda, ensinei-lhes a unidade com o Todo, o amor compassivo e a paz. Ensinei Meus filhos a viver em comunhão com o universo e a sair das rodas constantes dos erros e das consequências. Já estavam prontos para compreender que são vocês mesmos os responsáveis pela própria vida e, através de suas escolhas, atraem para si os raios e os impulsos que os elevam ou os corrigem, segundo o que escolhem viver.
Mas nem toda a humanidade evoluiu, nem todos se abriram para amar.
A mente humana se desenvolveu e, com ela, a sua maldade, e não o seu amor. Em vez de Meus filhos viverem em comunhão com a vida, quiseram possuí-la e manipulá-la. Por isso, fizeram dos elementos deuses e das energias formas de conseguir o que queriam.
Através dos Patriarcas, voltei a dar impulsos aos seres, corrigindo os seus caminhos; impulsos que foram vividos também segundo sua compreensão.
Até que enviei ao mundo o Meu Filho, não apenas com um ensinamento mas com uma Graça. Diferente de todas as religiões anteriores, não era através do conhecimento ou do esforço constante para elevar-se que chegariam a Mim, mas, sim, através de uma Graça e da Misericórdia que um coração rendido pode receber.
O Amor de Cristo não veio para poucos, veio para todos. Não veio para o Oriente ou para o Ocidente, veio para toda a vida, para todos os seres que, apesar de seus pecados, souberam dizer sim.
Em tempos anteriores, a humanidade chegava às dimensões divinas através de um esforço constante pela elevação. Através de Cristo, foi-lhes revelado o Reino no próprio coração, e, ao longo da evolução humana, Meus impulsos seguem renovando-se.
Começo a unir no interior de Meus filhos todos os conhecimentos e todos os graus de amor, porque é chegado o tempo da síntese da vida na Terra, o tempo da porta estreita e única, através da qual todos os seres chegarão a Mim. E essa porta, alma amada, é o amor em seus corações.
Por isso Eu Sou o Deus da Vida, porque a todos amo e a todos ensinei a amar. Esse é o caminho para chegar a Mim. Por isso venham, apesar das diferenças. Venham, apesar dos conhecimentos. Venham, apesar dos impulsos que receberam, porque todos eles tinham um único propósito, o de conduzi-los a amar”.
Que esse diálogo, filhos, ensine-os a compreender os ciclos da vida e seu verdadeiro sentido, e a saber que, apesar de toda a complexidade da existência humana, para tudo há um único propósito, que é a vivência do amor.
Têm a Minha bênção para isso.
São José Castíssimo
Associação Maria
Fundada em dezembro de 2012, a pedido da Virgem Maria, a Associação Maria, Mãe da Divina Concepção é uma associação religiosa, sem vínculos com nenhuma religião instituída, de caráter filosófico-espiritual, ecumênico, humanitário, beneficente, cultural, que ampara todas as atividades indicadas através da Instrução transmitida por Cristo Jesus, pela Virgem Maria e por São José. Ler mais