Quantas e tão intensas vezes o seu Senhor sentiu a aflição de Deus em Seu Coração enquanto esteve sobre a Terra?
Muitas, filhos.
A Agonia de Jesus não começou no Getsêmani, mas no deserto, quando o Seu Coração começou a contemplar tudo quanto deveria padecer para resgatar dos abismos do mundo quantas almas que ali padeciam na obscuridade, ainda que estivessem em vida.
A Agonia de Jesus começou no deserto, quando, por instantes, contemplava o que era viver no vazio da condição humana; e ali o Criador Lhe deu a experimentar e conhecer o abandono que viveria na Cruz quando, por Si mesmo, com Sua condição de homem, deveria amar ao extremo em Seu último suspiro.
A agonia dos corações começa no deserto, porque no vazio se sentem frágeis e suscetíveis à sua condição humana, sentem o peso do mundo e seu falso poder. Mas esse deserto, filhos, é apenas o começo de algo muito maior.
O deserto é o vislumbre da Cruz. É nele que a fragilidade humana se revela e, muitas vezes, o temor de não serem capazes de superá-la domina os corações dos homens. Mas é também no deserto onde se fortalecem e crescem verdadeiramente em espírito para enfrentar provas maiores no silêncio do próprio coração.
Depois do deserto, virá a oferta do ser, representada pela Eucaristia Espiritual, em que cada ser terá a possibilidade de ofertar a si mesmo junto a Cristo e, no serviço, descobrir a essência da comunhão com Deus e com o Seu Plano.
Virá então o ciclo das humilhações, da condenação, do abandono. Virá o ciclo das flagelações e das feridas, que serão internas. Virá o ciclo da cruz. Virá o ciclo da verdadeira renovação do amor, e só então virá o Senhor novamente ao mundo.
Por todos esses ciclos espirituais haverão de passar para renovar o Amor de Deus e manifestar o Seu Pensamento Perfeito.
Por isso, ao estar no deserto, não temam, mas lutem. Lutem com a oração e com o silêncio. Lutem com o serviço e com o amor. Lutem com a união cada vez mais intensa com o Coração do Pai, ainda que não O sintam, ainda que Ele silencie e os deixe com sua condição humana nas mais intensas provações.
Encontrarão no Evangelho muitas chaves para imitar o Coração de Cristo. Encontrarão na oração muitas respostas de seu próprio coração, porque, ainda que Deus silencie no deserto, os seus mundos internos também guardam chaves e respostas que podem ajudá-los nas provações.
Lembrem-se de seus anjos da guarda, de suas almas. Lembrem-se da Mãe Divina que Deus lhes entregou, porque, ainda que tudo se silencie e tudo seja absoluto vazio, em sua Mãe Divina sempre encontrarão conforto e paz, alívio e compaixão.
Em cada ciclo destes tempos finais, saibam viver os sinais. A transição dos tempos nada mais é que a Paixão do planeta. Tudo o que um dia o Senhor passou para renovar a Criação, hoje os Seus companheiros são chamados a viver. Para saber como fazê-lo, leiam em Seu exemplo e O sigam.
Têm a Minha bênção para isso.
Seu pai e amigo,
São José Castíssimo
Associação Maria
Fundada em dezembro de 2012, a pedido da Virgem Maria, a Associação Maria, Mãe da Divina Concepção é uma associação religiosa, sem vínculos com nenhuma religião instituída, de caráter filosófico-espiritual, ecumênico, humanitário, beneficente, cultural, que ampara todas as atividades indicadas através da Instrução transmitida por Cristo Jesus, pela Virgem Maria e por São José. Ler mais